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Archive for September, 2005

Fromar Tura

Pouca gente sabe disso, mas o nome Formatura é derivado de um antigo faraó Egípcio chamado Fromar Tura. Além de governante da região próxima ao Nilo, Tura também foi um sábio entre seu povo. Ele montou a primeira instituição de ensino egípcia e sonhava com toda a sua nação educada. Alguns o consideravam impertinente com aquela insistência pela educação.

Na época de Fromar Tura, havia uma pequena casta de sacerdotes que preferia um povo ignorante. Para impedir que o sonho de Tura se realizasse, assassinaram-no no dia da inauguração da instituição de ensino, que deveria ser transformada em uma prisão. Para impedir que Fromar fizesse uma viagem tranqüila à terra dos mortos, os sacerdotes cremaram seu corpo.

No entanto, os filhos de Tura e uma dissidência dos sacerdotes conduziu a insituição do jeito sonhado pelo grande faraó. Em homenagem a ele, decidiram batizar o dia da conclusão do ensino com o nome do idealizador de tudo. A partir de então, sempre que havia conclusão de um curso, dizia-se que Fromar Tura estaria lá para abençoar os bem sucedidos.

Claro que depois vieram os ocidentais e transformaram Fromar Tura em formatura. Até hoje pensam que formatura deriva do verbo formar, mas o verdadeiro é o oposto.

No próximo sábado, 1 de outubro, será minha vez de agradecer a Fromar Tura. Parabéns para mim. E obrigado, grande faraó.

Categories: Diarices

Comportamento é…

Comportamento é olhar a beleza de uma mulher, mas enxergar apenas a capacidade de seus movimentos.

É ver um sorriso sem dentes e não perguntar por que ele transmite alegria.

É saber que mãos escrevem.

Mais “Comportamento é…”

Categories: Poesia

Comportamento é…

Comportamento é olhar a beleza de uma mulher, mas enxergar apenas a capacidade de seus movimentos.

É ver um sorriso sem dentes e não perguntar por que ele transmite alegria.

É saber que mãos escrevem.

Mais “Comportamento é…”

Categories: Poesia

Mais coisas sobre isso

O negócio me incomoda tanto, que preciso escrever mais sobre isso. (isso o que? calma que eu chego lá)

Vamos supor que eu esteja em um furacão de criatividade. Apanho algumas madeiras e muitos pregos e construo ALGO altamente original. A construção sou eu, de muitas maneiras. Construindo-a, espantei pensamentos ruins, ou traduzi para formas concretas todo o mundo abstrato que soprava o furacão na minha mente. Batizo a construção de “estaca de domingo” e exponho a todos.

Dois conjunto de universitários vêm para a exposição. O primeiro grupo está fazendo um passeio estranho ao comum. Não costumam discutir arte, nem ver arte, nem mesmo sabem exatamente o que é arte. Eles chegam até o local onde reluz minha “estaca de domingo”. Um olha para o outro, sentindo-se desafiados por aquela obra. “Deve haver um sentido nisso”, pensam. As formas não seguem um padrão, não parecem confluir para algum lugar específico. “Mas deve haver algum sentido nisso”. Sentam-se no banco, e repousam confortáveis do cansaço.

O segundo grupo está em um passeio comum. Seus membros costumam visitar exposições. Ao se depararem com a “estaca de domingo”, deliciam-se. Discutem acalarodamente sobre o conceito da obra. Comentam sobre as formas impressionantes, as cores. Até percebem que a obra foi posta pensadamente em relação à luz. É magnífica. É cheia de significado. É… é… é O QUE ELES PENSAM QUE É.

O que revela a “estaca de domingo”? Aponta uma nova via estética para as artes plásticas? Demonstra a forma do pensamento contemporâneo? É uma representação da condição humana? Qual a essência que a torna mais admirada do que um trabalho de marceneiro como o do banco onde descansa o primeiro grupo? É sua originalidade? É sua capacidade de sintetizar as emoções humanas?

O quão desafiante é a obra? Quanto faz com que as pessoas percebam o mundo de maneira diferente, entendendo o outro, entendendo a si mesmos, aumentando seu universo de perspectivas? Quanto de realidade pode ser reavaliada? Quantas emoções, quantas idéias a “estaca de domingo” provoca?

O banco onde repousa o primeiro grupo pode fazer a mesma coisa? A “estaca de domingo” é só para quem sabe FALAR sobre arte? O que significa “FALAR” sobre arte? Quem define o que é a obra, seu autor, os críticos ou os visitantes da exposição? A obra deve ser de algum modo funcional ou deve apenas existir?

Finalmente, existe alguma maneira de moldar a “estaca de domingo” de forma que ela possa atingir um maior número de pessoas? Alguém acha válido fazê-lo?

Eu acho.

Categories: Arte, Crítica

A condição e a sabedoria

O Bloom falou que sabedoria é aceitar a condição humana. Ele é um crítico literário de quem só ouvi falar. Chega de Bloom, o resto sou eu.

Por exemplo, você já percebeu que a vida não tem sentido quando você pergunta se ela faz? Melhor passar sem fazer a pergunta, ou se fizer, aceitar que a resposta não agrada.

Condição humana é sofrer e ser feliz de acordo com as situações. A felicidade eterna é histórinha para boi dormir. Ou vai dizer que você acredita que pode sorrir sempre?

Você tem que aceitar a ansiedade, o frio na barriga e o fato de estar em um universo no qual você é tão infinitamente pequeno quanto ele é infinitamente grande.

Que mais? Ah, você não pode reverter o tempo, nem pode escapar da morte. Tem uma coisa que talvez cause certo impacto, ainda mais no mundo estético de hoje… você também não pode mudar de corpo.

Parece pessimista, mas não é. Humano é o que você é. Humano é o que você deve ser. Claro que é permitido se tornar uma pessoa melhor. Um bom começo é aceitando que você é humano.

Não se pode esquecer que ser humano é parar com todos os questionamentos e preocupações quando se está com outro ser humano.

Categories: Filosofia

Quantal moral em um parágrafo

Vou escrever um texto cheio de moral. Mas não vou dar nada de mão beijada. Vou colocar as lições de moral de forma metafórica, e vocês devem encontrá-las. Considerem essas lições como presentes humildes que lhes dou (hehehehe). Vou narrar como se eu fosse um narrador de tênis. Sim, o esporte tênis. Mas narrando outra situação. Não liguem para a emoção brotando das palavras. Foquem na moral.

ele saiu. sem vírgulas. só pontos finais. trancou o portão. caminhou pela rua. um carro passou ao seu lado. um sorriso se perdeu na esquina. ele atravessou para o outro lado. chegou ao ponto de ônibus. sentou-se ao lado de uma senhora. passaram os bombeiros. passou um ciclista. parou um ônibus. tirou do bolso o dinheiro. venceu a catraca. sentou ao lado de um garoto. o garoto lia história. pedro cabral descobriu o brasil. ouviu barulho de carros batendo. a mulher xingava o homem. o homem sugeria que ela tirasse carteira. um segundo homem acusava o primeiro de estar errado. o ônibus não esperou. andou pela cidade. ele desceu. andou até a loja. sem vírgulas. só pontos finais. ele entrou.

Pronto. Agora releiam com atenção. Quantas lições de moral vocês conseguem tirar desse fabuloso texto? Existem, por baixo, dez mil lições de moral no parágrafo. É moral para todos os gostos. Aproveite e leve uma para casa. Não se espante se o seu colega aprender uma lição oposta à sua. Isso é comum e bonitinho. Está na moda.

Depois vocês me agradecem. Vamos combinar que estão me devendo, ok?

Categories: Filosofia

Saudade

Saudade de tanta coisa. De uma mais que todas.

Antes eram poucos os que moravam longe. Agora é a maioria. A grande maioria está extremamente longe. Acenam por meio de palavras em máquinas de se comunicar. Sem abraços, sem beijos, sem sinceros apertos de mão.

Não é saudade apenas das pessoas. É de andar ao lado do mar. De sentar para tomar um vinho, pertinho, pertinho. Dá saudade de ter saudade em mesas de bar que lembram um passado ainda mais distante.

Desejar e não poder tocar. Isto é saudade, seja a centímetros ou quilômetros.

Saudade de tanta coisa. De uma mais que todas.

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